Everton Ribeiro revela diagnóstico de câncer na tireoide: entenda a luta do craque e os detalhes da doença
O futebol brasileiro foi surpreendido na última segunda-feira, 6 de outubro de 2025, com a notícia de que o jogador Everton Ribeiro, atual camisa 10 do Bahia e ex-meia do Flamengo, revelou ter sido diagnosticado com câncer na tireoide.
O atleta, de 36 anos, comunicou aos torcedores e à imprensa que descobriu a doença há cerca de um mês e que já passou por cirurgia para retirada do tumor.
A notícia caiu como uma bomba no meio esportivo, não apenas pela gravidade do diagnóstico, mas também pela forma serena e confiante com que o jogador lidou com a situação. Everton, conhecido por seu profissionalismo exemplar e postura discreta, decidiu abrir o coração para conscientizar o público sobre a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados com a saúde.
Quando o ídolo enfrenta a maior partida da vida
Everton Ribeiro é mais do que apenas um jogador habilidoso — é símbolo de disciplina, liderança e fé dentro e fora de campo. Campeão por diversos clubes e com passagens marcantes pela Seleção Brasileira, o meia sempre se destacou por sua regularidade e conduta exemplar.
Mas, desta vez, o adversário não está no gramado. O craque enfrenta uma batalha contra o câncer de tireoide, uma condição que, embora muitas vezes tenha bom prognóstico, exige tratamento cuidadoso, atenção médica constante e força emocional.
A revelação do diagnóstico trouxe à tona um tema importante: o câncer de tireoide, uma doença silenciosa que pode afetar qualquer pessoa, inclusive atletas em plena forma física. Este artigo vai explorar em profundidade não apenas o caso de Everton Ribeiro, mas também o que é o câncer de tireoide, seus sintomas, causas, tratamentos e perspectivas de cura.
1. Everton Ribeiro: trajetória de um craque exemplar
1.1. Início da carreira e ascensão no futebol
Everton Augusto de Barros Ribeiro, conhecido simplesmente como Everton Ribeiro, nasceu em 10 de abril de 1989, em Arujá (SP). Revelado nas categorias de base do Corinthians, o jogador mostrou talento desde cedo.
Após empréstimos e experiências em clubes menores, ganhou destaque no Coritiba, onde começou a se firmar como um dos meio-campistas mais promissores do país. Sua capacidade de driblar, criar jogadas e ditar o ritmo do jogo o levou rapidamente à elite do futebol brasileiro.
1.2. O auge no Cruzeiro e o reconhecimento nacional
No Cruzeiro, entre 2013 e 2014, Everton Ribeiro viveu o auge de sua carreira. Foi bicampeão brasileiro e eleito o melhor jogador do campeonato por dois anos consecutivos. Sua técnica refinada, visão de jogo e regularidade o colocaram no radar da Seleção Brasileira e do futebol internacional.
1.3. Passagem pelo Flamengo e a era de ouro
Em 2017, Everton foi contratado pelo Flamengo, onde se tornou um dos grandes líderes do elenco. Ao lado de nomes como Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique, ele participou da era mais vitoriosa recente do clube, conquistando títulos importantes como:
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Copa Libertadores da América (2019 e 2022)
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Campeonato Brasileiro (2019 e 2020)
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Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e vários estaduais
Durante os seis anos no Rubro-Negro, o meia se destacou não apenas pelo futebol de alto nível, mas também pela dedicação, caráter e comprometimento.
1.4. Nova fase no Bahia
Em 2024, Everton Ribeiro iniciou um novo capítulo de sua carreira ao assinar com o Bahia, clube que vem se estruturando com investimentos do Grupo City. Sua chegada trouxe experiência, liderança e esperança à torcida tricolor.
Mesmo com 36 anos, ele vinha mantendo boa forma física e sendo peça importante na equipe, até que, inesperadamente, enfrentou um desafio fora dos gramados — o câncer de tireoide.
2. A descoberta do câncer: o relato emocionante de Everton Ribeiro
2.1. O diagnóstico
Segundo o próprio jogador, a descoberta aconteceu de forma casual. Durante exames de rotina, Everton notou um nódulo na região do pescoço. Após uma série de exames complementares, veio a confirmação: tratava-se de um câncer na tireoide.
Em sua declaração, o atleta revelou:
“Fui pego de surpresa, como qualquer pessoa seria. Descobri o problema há cerca de um mês, e desde então comecei a me preparar para a cirurgia. Graças a Deus, foi detectado cedo e já passei pelo procedimento com sucesso.”
2.2. O tratamento
Everton foi submetido a uma cirurgia de tireoidectomia, procedimento em que parte ou toda a glândula tireoide é removida. Em alguns casos, dependendo da gravidade e do tipo do câncer, pode ser necessário também o uso de iodo radioativo após a cirurgia, para eliminar qualquer célula remanescente.
O jogador explicou que, apesar da recuperação exigir repouso e acompanhamento médico, ele se sente confiante e otimista:
“Já estou me recuperando bem. O médico foi muito claro em dizer que o diagnóstico precoce fez toda a diferença. Agora é um dia de cada vez, mas com fé e esperança de voltar logo aos treinos.”
2.3. Apoio da família e do clube
A equipe do Bahia publicou uma nota oficial expressando total apoio ao jogador, destacando o respeito e a admiração pelo seu exemplo de coragem. Companheiros de time, ex-colegas de Flamengo e Cruzeiro, e até adversários, enviaram mensagens de força nas redes sociais.
Sua esposa, Marília Nery, também fez uma publicação emocionante:
“Estamos firmes em oração, confiando em Deus e na medicina. Everton é um guerreiro e vai sair mais forte dessa.”
3. Entendendo o câncer na tireoide
3.1. O que é a tireoide?
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do “pomo de Adão”. Ela produz hormônios (T3 e T4) que controlam funções vitais do corpo, como o metabolismo, batimentos cardíacos, temperatura corporal e até o humor.
Quando algo afeta essa glândula — seja um distúrbio hormonal, inflamação ou tumor —, todo o equilíbrio do organismo pode ser alterado.
3.2. O que é o câncer de tireoide?
O câncer de tireoide ocorre quando células anormais crescem de forma descontrolada dentro da glândula. Apesar do impacto emocional do diagnóstico, é importante destacar que este tipo de câncer é, na maioria dos casos, tratável e tem altas taxas de cura quando detectado precocemente.
Existem quatro principais tipos:
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Carcinoma papilífero – o mais comum (cerca de 80% dos casos) e geralmente de bom prognóstico.
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Carcinoma folicular – também comum e com chances de cura elevadas.
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Carcinoma medular – mais raro, pode estar associado a fatores genéticos.
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Carcinoma anaplásico – o tipo mais agressivo e de difícil tratamento.
Não foi divulgado qual tipo específico atingiu Everton Ribeiro, mas o fato de ele ter sido operado rapidamente e estar otimista indica que pode se tratar de uma forma menos agressiva.
4. Causas e fatores de risco
O câncer de tireoide não tem uma causa única, mas existem fatores de risco conhecidos, entre eles:
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Exposição à radiação, especialmente durante a infância.
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Histórico familiar de câncer de tireoide ou de síndromes genéticas específicas.
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Sexo e idade: é mais comum em mulheres, mas homens acima dos 40 anos também podem desenvolver.
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Deficiência de iodo na dieta (em algumas regiões).
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Alterações hormonais e autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.
Mesmo atletas, que mantêm alimentação equilibrada e rotina saudável, não estão imunes, pois fatores genéticos e ambientais podem desempenhar papel importante.
5. Sintomas e sinais de alerta
Um dos grandes desafios do câncer de tireoide é que, nas fases iniciais, ele pode ser assintomático. Em muitos casos, é descoberto durante exames de rotina, como aconteceu com Everton Ribeiro.
Os principais sinais de alerta incluem:
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Nódulo ou caroço no pescoço (geralmente indolor).
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Rouquidão persistente.
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Dificuldade para engolir.
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Sensação de pressão na garganta.
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Aumento de gânglios linfáticos na região cervical.
Quando algum desses sintomas persiste por semanas, é essencial procurar um endocrinologista para avaliação.
6. Diagnóstico e exames
O diagnóstico é feito através de uma combinação de exames clínicos e laboratoriais, como:
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Ultrassonografia da tireoide, para avaliar tamanho e forma do nódulo.
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Punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que analisa as células do nódulo.
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Dosagem hormonal (T3, T4, TSH).
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Cintilografia e biópsia, quando necessário.
Graças ao avanço da medicina, esses exames são rápidos, precisos e minimamente invasivos.
7. Tratamentos e chances de cura
7.1. Cirurgia
O tratamento padrão é a tireoidectomia, que pode ser parcial (remoção de parte da glândula) ou total (remoção completa). A decisão depende do tipo e tamanho do tumor.
7.2. Iodo radioativo
Após a cirurgia, alguns pacientes passam por terapia com iodo radioativo para destruir possíveis células malignas restantes. É um procedimento seguro e eficaz.
7.3. Reposição hormonal
Como a glândula tireoide é responsável pela produção de hormônios, os pacientes que passam pela retirada total precisam tomar hormônio sintético (levotiroxina) por toda a vida.
Esse tratamento é bem tolerado e permite vida completamente normal — inclusive para atletas.
7.4. Prognóstico
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a taxa de sobrevivência para o câncer de tireoide papilífero e folicular ultrapassa 95% em 10 anos, especialmente quando detectado cedo.
8. Impacto psicológico e social da doença
Mesmo com altas taxas de cura, o diagnóstico de câncer abala emocionalmente qualquer pessoa — ainda mais figuras públicas. Everton Ribeiro, conhecido por sua fé e serenidade, transformou o momento difícil em uma oportunidade de inspirar outros.
Psicólogos destacam que o suporte emocional, tanto da família quanto do público, é essencial para a recuperação. A postura otimista do jogador reforça a importância de cuidar não apenas do corpo, mas também da mente e do espírito durante o tratamento.
9. A importância da fé e da prevenção
Everton é cristão e sempre demonstrou forte ligação com a espiritualidade. Em várias entrevistas, ele já afirmou que sua carreira é guiada pela fé. Essa conexão pode ter sido um alicerce fundamental neste momento.
Além disso, o caso dele reforça um recado importante: fazer exames periódicos pode salvar vidas.
Muitos tipos de câncer, inclusive o da tireoide, têm bom prognóstico quando descobertos cedo. Por isso, a conscientização é uma das maiores heranças que um atleta pode deixar ao falar publicamente sobre o tema.
10. O futuro de Everton Ribeiro: recuperação e esperança
Embora ainda não haja previsão oficial de retorno aos gramados, Everton Ribeiro já está em fase de recuperação pós-cirúrgica. Médicos afirmam que, dependendo da evolução, ele poderá retomar os treinos gradualmente nas próximas semanas.
O Bahia, por sua vez, anunciou que respeitará todo o tempo de recuperação necessário e que sua principal função agora é “vencer o jogo da vida”.
A torcida tricolor, assim como torcedores de outros clubes, tem enviado mensagens de força e orações. Hashtags como #ForçaEverton e #JogoDaVida viralizaram nas redes sociais, mostrando o carinho que o futebol brasileiro tem por um dos seus grandes ídolos recentes.
11. O que o caso ensina sobre saúde e esporte
A história de Everton Ribeiro deixa lições valiosas:
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A saúde deve estar sempre em primeiro lugar, mesmo para atletas de alto rendimento.
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Exames preventivos são fundamentais, mesmo quando não há sintomas.
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O apoio emocional e a fé ajudam na recuperação.
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O diagnóstico precoce salva vidas.
O exemplo do meia serve para quebrar o estigma de que o câncer é uma sentença. Hoje, graças à ciência, a maioria dos casos tem tratamento eficaz e cura completa.
12. Expansão do tema: O câncer de tireoide no Brasil e no mundo
De acordo com o INCA, o câncer de tireoide representa cerca de 3% dos casos totais de câncer no Brasil, sendo mais frequente em mulheres.
No entanto, o número de diagnósticos tem aumentado nas últimas décadas não porque a doença esteja se tornando mais comum, mas porque os exames de imagem estão mais precisos e acessíveis, detectando nódulos pequenos que antes passavam despercebidos.
Nos Estados Unidos, estima-se que mais de 40 mil pessoas sejam diagnosticadas com câncer de tireoide por ano, com baixa taxa de mortalidade graças ao diagnóstico precoce.
13. Conclusão: O jogo mais importante da carreira
Everton Ribeiro está diante da partida mais desafiadora de sua vida — e, ao mesmo tempo, mais inspiradora. Sua coragem em compartilhar o diagnóstico publicamente transformou o medo em mensagem de esperança, encorajando milhares de pessoas a cuidarem melhor da própria saúde.
O câncer de tireoide, embora assustador à primeira vista, é um dos tipos mais tratáveis, e o caso do jogador reforça que a medicina e a fé caminham lado a lado.
A recuperação plena é a grande expectativa e, conhecendo o espírito guerreiro de Everton, não há dúvidas de que ele voltará aos gramados mais forte, grato e consciente do privilégio da vida.