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Alerta da Anvisa: Riscos do uso indiscriminado de medicamentos para disfunção erétil

Agência reforça os perigos da automedicação e do uso recreativo de fármacos como sildenafila, tadalafila e outros derivados

No dia 5 de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta oficial sobre os riscos associados ao uso indiscriminado de medicamentos para o tratamento da disfunção erétil, como sildenafila, tadalafila, vardenafila, udenafila e lodenafila.

Esses medicamentos, conhecidos popularmente como “pílulas azuis” ou “potencializadores sexuais”, foram desenvolvidos para o tratamento de condições clínicas específicas e devem ser usados apenas com prescrição médica. Entretanto, nos últimos anos, têm sido empregados de forma recreativa ou até mesmo como “pré-treino” em academias, em uma tentativa de melhorar o desempenho físico ou sexual.

De acordo com a Anvisa, essa prática, além de não ter comprovação científica de eficácia, pode trazer graves riscos à saúde, incluindo infarto, acidente vascular cerebral (AVC), queda brusca da pressão arterial, perda súbita da visão ou da audição e até risco de dependência psicológica.

O alerta também chama a atenção para a comercialização irregular desses fármacos em formatos não autorizados, como gomas, balas e suplementos adulterados, que podem conter doses erradas, substâncias não declaradas e interações perigosas.

Problemas à vista: uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil ...

1. O que são os medicamentos para disfunção erétil?

Os medicamentos como sildenafila, tadalafila, vardenafila, udenafila e lodenafila pertencem à classe dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (iPDE-5).

Eles atuam promovendo a vasodilatação — ou seja, o relaxamento dos vasos sanguíneos — o que facilita a circulação do sangue em determinadas regiões do corpo, especialmente no pênis, auxiliando no tratamento da disfunção erétil.

Apesar de sua eficácia quando usados corretamente, esses fármacos podem provocar efeitos colaterais sérios quando utilizados sem orientação médica ou em situações inadequadas.

2. O uso recreativo: Moda perigosa entre jovens e frequentadores de academia

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Nos últimos anos, cresceu o uso desses medicamentos de forma recreativa. Homens jovens, muitas vezes sem qualquer diagnóstico de disfunção erétil, têm recorrido a essas substâncias para tentar:

  • Aumentar a resistência física em treinos.

  • Potencializar a performance sexual.

  • Reduzir a ansiedade de desempenho.

No entanto, não há comprovação científica de que o uso desses medicamentos melhore a performance em pessoas saudáveis. Pelo contrário, seu uso inadequado pode trazer riscos imediatos e a longo prazo.

3. Efeitos adversos e riscos à saúde

A Anvisa reforça que o consumo sem acompanhamento médico pode gerar efeitos adversos graves. Entre os principais riscos estão:

  • Problemas cardiovasculares: aumento do risco de infarto e AVC.

  • Queda acentuada da pressão arterial, que pode levar a desmaios e complicações cardíacas.

  • Perda súbita da visão ou audição, já registrada em alguns casos clínicos.

  • Interações medicamentosas perigosas, especialmente com remédios para hipertensão e uso de nitratos.

  • Dependência psicológica, já que alguns usuários passam a acreditar que só conseguem ter desempenho sexual ou físico com o uso da substância.

Esses efeitos podem ser ainda mais intensos em pessoas com problemas de saúde preexistentes, como hipertensão, diabetes, obesidade e doenças cardíacas.

4. Produtos adulterados: o risco invisível

Outro ponto preocupante levantado pela Anvisa é a circulação de produtos adulterados que contêm esses fármacos de forma irregular. Entre eles:

  • Gomas, balas e suplementos vendidos como “naturais” ou “pré-treino milagroso”.

  • Produtos adquiridos pela internet ou em academias, sem registro oficial.

Esses itens não passam por controle de qualidade, o que aumenta o risco de conterem:

  • Doses incorretas (excesso ou ausência da substância).

  • Mistura com outras drogas não declaradas, potencializando os efeitos colaterais.

  • Contaminação química ou biológica.

Além disso, por não serem autorizados, esses produtos não oferecem segurança nem eficácia comprovada, colocando os usuários em situação de alto risco.

5. O alerta da Anvisa e as recomendações oficiais

A Anvisa destacou em seu comunicado de 5 de setembro que:

  • O uso desses medicamentos deve ser exclusivamente com prescrição médica.

  • É fundamental seguir as orientações da bula e respeitar as doses indicadas.

  • Usuários devem evitar a automedicação e a compra de produtos sem registro.

  • Pessoas que suspeitarem de reações adversas devem procurar imediatamente atendimento médico.

O órgão também reforçou a importância de denunciar a comercialização irregular de produtos adulterados e de desconfiar de promessas milagrosas feitas em redes sociais, academias ou sites de vendas.

6. Educação em saúde: conscientização é fundamental

Além da fiscalização, especialistas ressaltam a importância da educação em saúde para conscientizar a população sobre os riscos da automedicação.

Muitos homens, movidos pela pressão estética ou pela busca de desempenho, acabam ignorando que esses medicamentos são indicados para situações clínicas específicas. Ao associá-los a práticas esportivas ou à rotina sexual sem necessidade real, colocam a própria vida em risco.

Campanhas educativas podem ajudar a:

  • Desmistificar o uso recreativo desses fármacos.

  • Esclarecer sobre os perigos de produtos adulterados.

  • Incentivar a busca por acompanhamento médico adequado.

Conclusão

O alerta da Anvisa de 5 de setembro evidencia uma realidade preocupante: o uso indiscriminado e recreativo de medicamentos para disfunção erétil se tornou um problema de saúde pública.

Esses fármacos, quando utilizados sem orientação médica ou em produtos adulterados, podem trazer consequências graves, incluindo infarto, AVC, perda súbita da visão ou audição e dependência psicológica.

A mensagem é clara: automedicação é perigosa e pode custar a vida. A população deve estar atenta, evitar produtos sem registro, buscar informações de fontes confiáveis e sempre consultar um médico antes de usar qualquer medicamento dessa natureza.

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