Qual é a diferença entre menta e hortelã?
Apesar de muito parecidas, menta e hortelã pertencem a espécies diferentes e têm usos e sabores distintos
Quem nunca usou os termos “menta” e “hortelã” como sinônimos ao falar de chás, balas refrescantes ou até mesmo cosméticos? A confusão é comum e compreensível, já que as duas plantas têm aparência, aroma e sabor bastante semelhantes. No entanto, apesar de pertencerem à mesma família botânica, menta e hortelã são espécies diferentes, com propriedades, sabores e usos distintos. Neste artigo, vamos esclarecer as principais diferenças entre essas duas ervas aromáticas que fazem parte do nosso dia a dia — tanto na culinária quanto na medicina natural.
Origem e classificação botânica
Tanto a menta quanto a hortelã pertencem à família Lamiaceae, conhecida por suas ervas aromáticas. A hortelã (nome comum para várias espécies do gênero Mentha, especialmente Mentha spicata) é uma planta de origem mediterrânea, amplamente cultivada em todo o mundo.
Já a menta que conhecemos hoje, frequentemente usada em balas e chicletes, é geralmente a menta-pimenta (Mentha × piperita), um híbrido resultante do cruzamento entre a hortelã-verde (Mentha spicata) e a menta-d’água (Mentha aquatica). Essa hibridação confere à menta um sabor mais intenso e refrescante, além de uma maior concentração de mentol.
Diferenças no sabor e no aroma
A hortelã tem um sabor mais suave, levemente adocicado, e é mais indicada para preparações culinárias, como molhos, saladas, pratos árabes (como o tabule), e infusões leves. O aroma é refrescante, mas menos pungente que o da menta.
A menta, por sua vez, possui um gosto mais forte, quase picante, com alta concentração de mentol, substância responsável pela sensação de frescor intensa no paladar e nas vias respiratórias. Por isso, ela é mais utilizada em produtos como cremes dentais, balas, xaropes e cosméticos.
Usos culinários e medicinais
Na cozinha, a hortelã é versátil: combina bem com frutas, carnes, legumes e sobremesas. É a preferida para o tradicional chá de hortelã, que ajuda na digestão e alivia dores de estômago.
A menta, por ser mais forte, é usada com mais moderação. É ideal para dar um toque refrescante a sorvetes, chocolates, bebidas alcoólicas (como o licor de menta), além de ser utilizada em óleos essenciais e aromaterapia.
Medicinalmente, ambas têm propriedades digestivas, anti-inflamatórias e antissépticas, mas a menta tem efeito mais intenso, podendo ser usada também para aliviar dores de cabeça, congestão nasal e náuseas.
Como diferenciar visualmente
Embora sejam muito parecidas, é possível distinguir menta e hortelã pela aparência:
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Hortelã: folhas maiores, mais arredondadas e com coloração verde-clara. O caule é geralmente verde e mais fino.
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Menta: folhas menores, mais estreitas e com tom verde-escuro, frequentemente arroxeadas. O caule pode ter coloração avermelhada.
Além disso, esfregar uma folha entre os dedos revela a diferença de aroma: o da menta é mais penetrante e intenso.
Conclusão
Menta e hortelã são plantas da mesma família, mas com características distintas que influenciam no uso culinário, medicinal e industrial. Saber diferenciá-las ajuda a aproveitar melhor os sabores e benefícios que cada uma pode oferecer. Da próxima vez que for preparar um chá ou escolher um aromatizante, você saberá exatamente qual erva está usando — e por quê.