Estabilidade financeira influencia no envelhecimento feminino, aponta estudo
Pesquisa revela que mulheres com parceiros de alta renda aparentam ser mais jovens, enquanto aquelas em relacionamentos com instabilidade econômica mostram sinais de envelhecimento precoce
Um estudo recente realizado pela plataforma de relacionamentos MeuPatrocínio, em parceria com a BioMed Central, lançou luz sobre um tema polêmico e pouco discutido: o impacto da estabilidade financeira no envelhecimento feminino. A análise envolveu 500 mulheres entre 22 e 37 anos e apontou uma correlação direta entre a situação econômica dos parceiros e a saúde estética e mental das participantes. O levantamento reforça o peso do estresse financeiro como um fator acelerador do envelhecimento, especialmente entre mulheres que convivem com pressões econômicas intensas no dia a dia.
Dois grupos, duas realidades visíveis
As participantes do estudo foram divididas em dois grupos:
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O primeiro composto por mulheres em relacionamentos com homens de alta renda;
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O segundo por mulheres cujos parceiros possuem renda de até um salário mínimo.
A comparação entre os dois grupos revelou uma diferença nítida: as mulheres do segundo grupo apresentaram sinais mais visíveis de envelhecimento precoce, como rugas, flacidez facial e até perda de brilho na pele. Já as mulheres do primeiro grupo foram descritas como tendo aparência mais jovem, pele mais viçosa e menos desgaste físico. A explicação para essa discrepância? O estresse financeiro crônico, que atinge diretamente a saúde feminina.
O corpo fala: os efeitos do estresse financeiro
De acordo com os especialistas envolvidos no estudo, o estresse decorrente da instabilidade financeira não afeta apenas o psicológico, mas atua diretamente sobre o corpo feminino. Entre os efeitos físicos mais citados estão:
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Ganho de peso;
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Dores de cabeça frequentes;
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Distúrbios da tireoide;
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Doenças autoimunes;
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Queda de cabelo;
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Ansiedade crônica e distúrbios do sono.
Esses problemas são potencializados nas mulheres por conta das múltiplas jornadas que costumam exercer — como trabalho formal, cuidados domésticos, filhos e, muitas vezes, suporte emocional aos parceiros. Essa sobrecarga constante intensifica o desgaste biológico e acelera o processo de envelhecimento.
Hipergamia e o peso da escolha afetiva
Dentro desse contexto, ganha destaque o conceito de hipergamia — a busca por parceiros com status socioeconômico superior. Embora ainda seja alvo de críticas sociais, o fenômeno está sendo reinterpretado por especialistas como uma forma de autopreservação.
Segundo Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos da plataforma MeuPatrocínio, “mulheres que vivem constantemente em ambientes de instabilidade financeira tendem a se sentir mais exaustas física e emocionalmente, o que impacta diretamente sua saúde”. Em contrapartida, aquelas que convivem com menos preocupações econômicas demonstram mais disposição, autocuidado e vitalidade.
A hipergamia, nesse cenário, deixa de ser apenas uma questão de ambição ou estratégia social, e passa a representar uma busca legítima por qualidade de vida e bem-estar emocional.
Relações afetivas e saúde: Um elo inegável
O estudo reforça que a estabilidade financeira dentro de um relacionamento não é apenas sobre conforto ou luxo. Trata-se de um fator diretamente ligado à saúde e à longevidade, especialmente para as mulheres. Além disso, o ambiente econômico mais seguro favorece o autocuidado, o acesso à saúde de qualidade, à alimentação balanceada e a rotinas menos estressantes — todos fatores que contribuem para um envelhecimento mais saudável.
A pesquisa também convida à reflexão sobre como os relacionamentos são estruturados em torno de fatores emocionais, mas muitas vezes negligenciam o impacto real da desigualdade econômica entre os parceiros.